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CIRURGIAS ORIFICIAIS

As doenças orificiais acometem o canal anal, ânus, margem anal, períneo e a região sacrococcígea. Dentre as mais comuns podemos citar: hemorroidas, fissuras, plicomas, abscessos, fístulas, dermatites, verrugas, cisto pilonidal e incontinência anal. Muitas vezes o tratamento para essas doenças é cirúrgico e realizado com técnicas seguras. Na área da coloproctologia podemos contar com cirurgias minimamente invasivas, que proporcionam vantagens na recuperação do paciente, resultando em menor trauma de tecidos e incisões menores.

 

A cirurgia orificial é feita por cirurgião especialista em coloproctologia, área da medicina que trata das doenças clínicas e cirúrgicas do cólon, do reto e do ânus. O atendimento ambulatorial ocupa cerca de 50% da rotina do coloproctologista, contudo, algumas doenças necessitam de tratamento cirúrgico, que veremos a seguir.

 

Hemorroidas

O padrão ouro para o tratamento cirúrgico da doença hemorroidária é a hemorroidectomia, que consiste na retirada completa dos mamilos hemorroidários por cirurgia. O método tem eficiência amplamente comprovada pela literatura médica ao longo das últimas décadas, com baixo índice de recidiva da doença e de complicações. É uma técnica com recuperação pós-operatória prolongada e que provoca dor durante as evacuações por um período de até duas semanas após a cirurgia. Novas técnicas operatórias surgiram nos últimos anos com a promessa de diminuir os incômodos da cirurgia convencional. A indicação de cada técnica deve ser individualizada de acordo com o tipo, tamanho e número de hemorroidas, por isso a consulta com o especialista de confiança deve ser feita. As técnicas minimamente invasivas como o laser podem, se indiccadas, diminuir o tempo de recuperação e os desconfortos do pós operatório, trazendo benefícios ao paciente.

Abscesso anal

Os abscessos anais podem comprometer o estado geral de saúde do paciente e seu tratamento mais indicado é a drenagem cirúrgica associado à antibioticoterapia. Em alguns casos o abscesso se rompe e drena espontaneamente. O tratamento cirúrgico é realizado através de uma incisão que elimina as secreções, o que alivia a dor provocada pela pressão existente dentro do abscesso e pela inflamação. Os pequenos abscessos podem ser drenados sob anestesia local e os abscessos maiores e mais profundos podem necessitar internação hospitalar. Nestes casos também está indicada a administração de antibióticos, desta vez por via intravenosa porque se manifestam com mais gravidade. Pacientes portadores de diabetes, fumantes, obesos, com leucemia e outras doenças que levam à deficiência imunológica necessitam de cuidados especiais pela gravidade e rapidez com que a infecção pode evoluir.

 

Fístula anal

Fístulas anais são tratadas através de cirurgia programada. Algumas fístulas podem necessitar de exames complementares, além do exame físico, antes da cirurgia, como ressonância magnética.

Existem tipos diferentes de fístula. Então, de acordo com as características e profundidade de sua apresentação é escolhido o tipo de cirurgia ou técnica. A fístula anal pode ser mais superficial sendo o seu tratamento mais simples. Neste caso é realizada a abertura e curetagem do trajeto fistuloso. Essas técnicas são conhecidas como fistulotomia e fistulectomia. 

 

Nos casos de fístulas complexas, quando é comum o envolvimento dos músculos do esfíncter anal, o tratamento é realizado em etapas. A maioria dos casos têm sua fístula operada em dois tempos (duas cirurgias) com intervalo aproximado de 2 a 4 meses entre as duas. Neste caso, é aplicado um fio de silicone chamado sedenho, com vistas a facilitar a segunda cirurgia e poupar os músculos do esfíncter anal. Outro tipo de cirurgia utilizado é o retalho, indicado em determinados casos de maior complexidade ou que envolvem uma porção significativa do esfíncter. O laser tem sido usado associado as técnicas convencionais no tratamento dessa patologia, diminuindo os danos locais e facilitando a cicatrização.

Cisto pilonidal

O procedimento por laser consiste em abrir pequenos orifícios próximo ao cisto pilonidal e com um cateter a laser, realizar a cauterização controlada das cavidades do cisto. Uma cirurgia com minima incisões e recuperação mais rápida do que as técnicas mais antigas.

 

A cirurgia aberta consiste em abrir as feridas e túneis sendo removidos os tecidos impróprios para cicatrização, limpando e raspando toda a cavidade que continha os pelos ou tecido morto, que então cicatriza com a ajuda de curativos diários. No pós-operatório é importante promover a higiene local e manter a pele ao redor da cirurgia totalmente livre de pelos.

 

Existe também a chamada técnica fechada que consiste em remover todo o tecido afetado e depois dar pontos para aproximar e fechar a ferida.

Incontinência anal

O médico coloproctologista avaliará e definirá a melhor estratégia ou abordagem. Estas passam por tratamento clínico e com fisioterapia especializada ou técnicas cirúrgicas como a correção do músculo anal rompido, o reforço da musculatura do canal anal enfraquecida, preenchimento anal, de implante de esfíncter anal artificial ou de estimulação do nervo sacral.

 

Fissura anal

O tratamento cirúrgico tem como objetivo diminuir o poder de contração do esfíncter interno anal. Com isto, consegue-se melhorar o fluxo de sangue para o local da fissura, o que estimula sua cicatrização. Atualmente o uso de Botox (toxina botulínica) para tratamento das fissuras tem demonstrado técnica segura e de rápida recuperação para os pacientes.

Existem outras modalidades de cirurgia como a curetagem local e esfincterotomia parcial. Durante a consulta o cirurgião indica a técnica após explicar e discutir com o paciente para um tratamento personalizado e mais efetivo.

 

O Dr. Enrico Sfoggia realiza cirurgias orificiais no Hospital Moinhos de Vento, Hospital Mãe de Deus Center e no Hospital Divina em Porto Alegre. As orientações pré-operatórias serão informadas na consulta e enviadas ao paciente antes da cirurgia. O acompanhamento no pós-operatório será feito pelo médico para a segurança e bem-estar do paciente.

IMPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO

O tratamento com células-tronco ou mesenquimais na coloproctologia é uma técnica terapêutica relativamente nova no Brasil e sua aplicação é feita para tratar fístulas perianais complexas.

Fístulas perianais

Fístulas perianais são comunicações que se formam entre a pele próxima do ânus até dentro do canal anal onde passam as fezes. Podem ser consideradas trajetos, como se fossem pequenos “túneis”, que podem conectar duas estruturas.

 

Elas são geralmente originadas de infecções que evoluem para abscessos perianais e que são drenados espontânea ou cirurgicamente.Alguns casos de fístulas são também associadas às doenças inflamatórias como a Doença de Crohn.

Como funciona o tratamento com células-tronco

As células-tronco estão presentes no nosso organismo e têm capacidade de se multiplicar para reparar defeitos presentes em estruturas e órgãos diferentes daqueles de onde vieram.

 

É um tratamento que utiliza um preparado com base em células-tronco mesenquimais, advindas de tecido adiposo do próprio paciente, para tratar fístulas perianais mais complexas. O procedimento é minimamente invasivo: o tecido de gordura do paciente é retirado e, então, é feita a separação das células mesenquimais, que posteriormente são implantadas ao redor do trajeto fistuloso que necessita de tratamento.

 

As células-tronco mesenquimais são injetadas na fístula, estimulando o crescimento de novos tecidos, reduzindo a inflamação e promovendo o fechamento do trajeto. O paciente é favorecido com melhor cicatrização, menor inflamação e recuperação mais rápida.

CLÍNICA MIRABILE

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©Dr. Enrico Sfoggia | Coloproctologista | CRM 33005 RQE 28949

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